segunda-feira, 22 de março de 2010

Criatividade? onde começa e onde termina




Durante a minha acção de formação em Estatuto e Deontologia por parte da Ordem dos Arquitectos, foi-me dito pelo orador Dr. Saraiva de Lemos que a profissão de Arquitecto tem muito pouca criatividade. O orador argumentava que essa pouca criatividade advinha do excesso de regulamentos e burocracias existentes no processo de praticar Arquitectura e que o que sobrava de criatividade em uma obra era muito pouco. Apesar de concordar com o excesso de regulamentos e burocracias que existe na minha profissão, tenho que discordar com o orador no que toca à pouca criatividade que possuimos, na medida em que eu olho para esse excesso de regulamentos e burocracias como desafios à minha criatividade. E se assistimos aos dias de hoje a obras incríveis aos diversos níveis da expressão plástica, mesmo com esse excesso de regulamentos, é porque a criatividade não está em apenas sermos originais no que produzimos, mas sim sermos originais na forma como ultrapassámos todos os desafios que nos são impostos sem contudo pôr em causa o interesse público, o seu conforto e a sua segurança.

4 comentários:

marta disse...

esse senhor Saraiva não sei quantos não sabe o que diz.. ;)

Patrícia Fernandez disse...

não podia concordar mais contigo. pelos vistos as horas perdidas, serviram para alguma coisa.

Diogo Lima disse...

Eu até sou capaz de lhe atribuir o benefício da dúvida e marcar um debate mais aprofundado sobre esta questão. Como a situação não permitia grandes desvios do tema a que foi submetido, deixo aqui esta reflexão que acho interessante . . . será mesmo que no fundo da sua questão a criatividade poderá ser limitada face ao crescente número de regulamentos e burocracias ou antes pelo contrário?

tms disse...

O problema é que são estes Saraivas que fazem as leis.
tiago mota saraiva
(um saraiva arquitecto)