domingo, 1 de março de 2009

Villa Berkel - Paul de Ruiter




A Villa Berkel foi construída num local onde anteriormente existira um Bungalow dos anos 60. Apesar do interesse em remodelar o Bungalow por parte dos proprietários, o arquitecto Paul de Ruiter aconselhou a demolir o existente para projectar um de melhor design.
O local apresenta uma vegetação muito escura, por isso era importante garantir a maior luminosidade possível no interior da habitação. No entanto, o uso de vidro em demasia num edifício, acarreta algumas consequências, tais como a perca da diferenciação dos espaços, da noção de interior e exterior e consequentemente a noção de espaço privado e público.

Deste modo, a propriedade foi dividida por três longas faixas paralelas à rua. A zona inferior, situada mais a sul, é onde se encontra o jardim da propriedade. A zona do meio é onde se encontra a habitação e a zona mais a norte é onde podemos encontrar o acesso à propriedade e à habitação. Esta ocupação garante aos residentes que as zonas que pretendem que sejam privadas se encontram distantes da rua.
Este mesmo desenho de ocupação é utilizado na divisão dos espaços da habitação que apresenta três faixas de 30m d comprimento. Assim a zona mais a nascente, zona mais próxima da rua, é onde encontramos a zona “pública” da habitação (entrada, escritório, cozinha e sala), por outro lado, a zona mais afastada da rua (poente) é reservada para as actividades mais íntimas. Esta zona caracteriza-se por um corredor que serve de espaço lounge e que dá acesso aos quartos e casas-de-banho.
Assim as funções distinguem-se de forma gradual pela habitação e distinguem-se individualmente através de paredes transparentes deslizantes.





Por forma a garantir a máxima luminosidade no interior e fornecer aos residentes uma sensação de vivência directa com o verde envolvente, a habitação está toda orientada para o jardim situado a sul e possui três das quatro fachadas em vidro, o que permite que cada divisão da habitação esteja virada para o exterior.



Outro espaço da habitação surge-nos no exterior sob a forma de uma plataforma em deck de madeira e o seu afastamento do solo, permite atribuir à habitação um carácter flutuante. Nas extremidades da habitação (este e oeste) existem espelhos de água que reforçam este carácter, dando ênfase à luminosidade da habitação.

1 comentário:

Anónimo disse...

Quando fores arquitecto quero um igual se faz favor :)


Teresa